O estresse é uma resposta natural do organismo a desafios e ameaças. Quando se torna crônico, afeta negativamente o sistema digestivo e imunológico.
Vamos explorar nesse artigo, em complementação ao anterior, sobre o manejo diagnóstico e o que fazer para minimizar seus impactos.
Estratégias de manejo diagnóstico
O médico especialista deve fazer uma avaliação clínica minuciosa e individualizada do paciente, visando um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz não apenas no curto, mas também, no longo prazo.
São fundamentais para um bom diagnóstico:
– História clínica detalhada: localização e outras características da dor; náuseas/ vômitos, regurgitação, excesso de gases; associação com estresse; alterações de peso corporal; infecções; uso de antibióticos; sintomas em outros órgãos; sintomas de alarme; etc.
– Exame físico minucioso: geral, abdominal, proctológico, ginecológico;
– Exames complementares (quando adequados e necessários): laboratoriais (sangue, fezes, urina); endoscopia digestiva alta, colonoscopia, enteroscopia; ultrassonografias, tomografias, ressonâncias; manometrias, pHmetrias; testes respiratórios; etc.
Tratamento
Muitas vezes, o tratamento envolve o trabalho conjunto com outros profissionais de saúde, na medida em que é necessário atuar em alguns pilares fundamentais, para mitigar os efeitos do estresse na saúde digestiva:
– Dieta balanceada: uma alimentação individualizada, baseada no quadro clínico e rica em fibras e nutrientes essenciais para fortalecer a saúde intestinal.
– Exercícios físicos: atividades regulares ajudam a promover bem-estar, interferem na secreção de diversas substâncias orgânicas, melhoram a motilidade intestinal e o sono.
– Restrição de hábitos nocivos: evitar o tabagismo e o consumo de álcool e drogas;
– Medicamentos: para aliviar os sintomas e auxiliar nas funções orgânicas, tratando as condições causadoras e/ou agravantes.
– Terapias cognitivo-comportamentais: visam modificar padrões de pensamento que contribuem para o estresse e ansiedade.
– Técnicas de relaxamento: práticas como meditação e ioga podem diminuir os níveis de estresse.
– Outras terapias complementares: acupuntura e outras abordagens podem ser benéficas.
Considerações Finais
O estresse crônico é um fator significativo no desenvolvimento e agravamento de distúrbios digestivos. Um manejo eficaz passa por estratégias que combinem cuidados físicos e emocionais, promovendo mais qualidade de vida e bem-estar.
Referências Bibliográficas
- Konturek PC. Stress and the gut: pathophysiology, clinical consequences, diagnostic approach and treatment options. J Physiol Pharmacol. 2011 Dec;62(6):591-9.
- Marques LS. Estresse prolongado único-emocional induz distúrbio gastrointestinal funcional: um modelo de interação cérebro-intestino [Master’s thesis]. Santa Maria (BR): Universidade Federal de Santa Maria; 2022. Available from: https://repositorio.ufsm.br.
- Federação Brasileira de Gastroenterologia. Estresse pode causar problemas gastrointestinais [Internet]. 2024. Available from: https://campanhas.fbg.org.br.
Palavras-chave
- Estresse e digestão
- Síndrome do Intestino Irritável
- Saúde gastrointestinal
- Eixo cérebro-intestino
- Microbiota intestinal
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