Você já sentiu uma dor intensa no lado direito do abdômen, especialmente após comer alimentos gordurosos? Esse pode ser um sinal clássico de pedra na vesícula, uma condição que afeta milhões de brasileiros todos os anos.
Embora muitos casos sejam silenciosos, quando os sintomas aparecem, podem ser fortes e exigir atenção médica imediata. Neste artigo, você vai entender:
- O que é a pedra na vesícula (colelitíase)
- Por que ela se forma
- Quais são os sintomas mais comuns
- E quando é o momento certo de procurar tratamento
O que é pedra na vesícula?
A vesícula biliar é um pequeno órgão localizado abaixo do fígado, responsável por armazenar a bile — substância produzida pelo fígado, que ajuda na digestão das gorduras.
As chamadas pedras na vesícula são formações sólidas que se desenvolvem dentro desse órgão, geralmente a partir de cristais de colesterol ou bilirrubina.
Esse processo é conhecido como colelitíase e pode passar despercebido por anos. No entanto, quando os cálculos obstruem o canal por onde a bile deveria passar, causam crises de dor chamadas de cólica biliar.
Causas: por que se formam pedras na vesícula?
As causas da formação de cálculos biliares incluem:
- Excesso de colesterol na bile
- Desequilíbrio na composição da bile
- Diminuição na contração da vesícula (hipomotilidade)(a chamada “vesícula preguiçosa”)
Fatores de risco importantes:
- Sexo feminino
- Idade acima de 40 anos
- Obesidade
- Perda rápida de peso
- Gravidez
- Uso de anticoncepcionais ou reposição hormonal
- Histórico familiar
- Alimentação rica em gordura e pobre em fibras
- Diabetes tipo 2
Sintomas da pedra na vesícula: o que observar?
Muitas pessoas têm pedras assintomáticas, descobertas em exames de rotina. Mas, quando há sintomas, os mais comuns são:
- Dor intensa no lado direito do abdômen, especialmente após comer
- Dor que pode irradiar para as costas ou ombro direito
- Náuseas e vômitos
- Sensação de digestão difícil ou estufamento
- Febre e icterícia (em casos de complicações)
Essa dor característica é conhecida como cólica biliar. Ela geralmente surge de forma súbita, após refeições ricas em gordura, e pode durar de 30 minutos a algumas horas.
Quando procurar tratamento?
Você deve buscar avaliação médica se apresentar:
- Dor abdominal recorrente ou intensa
- Náuseas sem explicação clara
- Desconforto frequente após as refeições
- Diagnóstico de pedra na vesícula confirmado por exames
Atenção: Se houver febre, pele ou olhos amarelados (icterícia), ou dor abdominal muito intensa, vá imediatamente ao pronto-socorro. Pode ser sinal de complicações graves como colecistite aguda, coledocolitíase ou pancreatite.
Qual é o tratamento para pedra na vesícula?
O tratamento depende da gravidade dos sintomas e da presença de complicações.
- Em casos assintomáticos, a depender da idade, pode-se apenas acompanhar com exames periódicos.
- Nos casos sintomáticos ou com risco de complicação, a indicação costuma ser a cirurgia para retirada da vesícula biliar, chamada colecistectomia.
A cirurgia geralmente é realizada por videolaparoscopia, com pequenas incisões e recuperação rápida. O corpo se adapta bem sem a vesícula, e o paciente pode ter uma vida normal após o procedimento — com ajustes alimentares nas primeiras semanas.
Conclusão
Sentir dor após as refeições, especialmente se for do lado direito do abdômen, pode ser um sinal de que algo não vai bem com a sua vesícula.
Se você se identificou com os sintomas ou tem diagnóstico de “pedra na vesícula”, não adie a consulta. O tratamento adequado evita complicações e pode melhorar muito sua qualidade de vida.
Na Waken Clínica, oferecemos atendimento especializado, com diagnóstico preciso, abordagem individualizada, acolhimento e segurança para você se cuidar com tranquilidade.
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Referências bibliográficas
- Sociedade Brasileira de Cirurgia Digestiva (SBCD) – Diretrizes para tratamento de colelitíase.
- Ministério da Saúde – Cálculos biliares: causas e prevenção.
- National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (NIDDK) – Gallstones.
- Portincasa P, Moschetta A, Palasciano G. Cholesterol gallstone disease. Lancet. 2006.
- Stinton LM, Shaffer EA. Epidemiology of gallbladder disease: cholelithiasis and cancer. Gut Liver. 2012.